12 de ago. de 2009

I.
não sei qual a medida de meu rosto. descubro com as mãos as incertezas das formas, vou delineando o desgaste das horas, o instante que insiste, a dificuldade das pálpebras.
foram tão poucas as horas que passaram, mas como me passaram todas elas.

II.
consigo sentir as maçãs do rosto, o formato de meus lábios, o gosto das lágrimas.
tem o mesmo gosto úmido da espera.

III.
ainda pertenço a cada vestígio que reconheço entre meus dedos.
estou inteira - eu, que nem sei o que é tudo em mim.


IV.
meus traços escondem lonjuras

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