I.
não sei qual a medida de meu rosto. descubro com as mãos as incertezas das formas, vou delineando o desgaste das horas, o instante que insiste, a dificuldade das pálpebras.
foram tão poucas as horas que passaram, mas como me passaram todas elas.
não sei qual a medida de meu rosto. descubro com as mãos as incertezas das formas, vou delineando o desgaste das horas, o instante que insiste, a dificuldade das pálpebras.
foram tão poucas as horas que passaram, mas como me passaram todas elas.
II.
consigo sentir as maçãs do rosto, o formato de meus lábios, o gosto das lágrimas.
tem o mesmo gosto úmido da espera.
III.
ainda pertenço a cada vestígio que reconheço entre meus dedos.
estou inteira - eu, que nem sei o que é tudo em mim.
IV.
meus traços escondem lonjuras
Nenhum comentário:
Postar um comentário