4 de mai. de 2008

disfarçava as prateleiras
que o tempo, rígido,
deixou de um ar
intragável
e varrido
pelos cantos

folheava as traças fartas,
as páginas amassadas,
aqueles trechos úmidos
de um amarelo defeso
e desesperador.


repisava a arte
estúpida
de ludibriar
estantes

de um pó

particular

e irretocável

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