17 de mar. de 2013

aprendi o dia em teu rosto:
nomino o sereno nas manhãs úmidas,
invento as tardes de café entre
os braços,
teu calor atravessando a pressa.

deixei a noite amanhecer nos olhos (– quis falar
nesses dois
que decorei.)

aprendi o dia em teu rosto
desde as primeiras manhãs:
gosto de céu
pleno em mim.

3 comentários:

Fred Caju disse...

não fosse isso e era menos / não fosse tanto e era quase (p. leminski)

vanessa carvalho disse...

bonito que só.

flores.

Iuri Müller disse...

sol pela janela
nove horas

teus olhos pequenos
e os meus que te miram
e despertam

um abraço forte
- saudade da noite inteira
no cheiro
do teu cabelo

passos quase ébrios
de sono
um gole d'água,
o beijo de até mais
e então a rua

em abril faz sol
faz frio e vinte graus

em abril o tempo
o tempo da rua e
o tempo das coisas

vale menos que o tempo
que espero
e no qual te penso.

fim da poesia!
mais de dez da noite
te encontro e
pronto:

foi um belo dia.