4 de fev. de 2010

era silêncio quando a chuva quente gretou o vazio, a imensidão do tempo e logo tornou viva minha pele arrepiada. tinha cheiro de terra aquela sensação úmida e minha respiração tranquila de para quem há pouco tão pouco valia suspirar. e era brando o gosto da água em minha língua morna e seu percurso entre meus dentes, a sugestão de meu rosto, o gozo da alma tocada. era doce.

(a chuva, terna, sempre me comove por inteira: o alívio não suporta timidez.)

Um comentário:

Acervo Café Frio disse...

Gostei do simples. Gosto dessas palavras tuas.