catapora, dor
de dente,
quatro pés na bunda,
duas bicicletas,
máquina de lavar
roupas,
dezesseis poemas
vinte e quatro
anos
e posso dizer
que consegui, na vida,
uma janela - pequena
vista para o mundo,
carregar
esta pena.
19 de abr. de 2013
16 de abr. de 2013
procurava ocupar o vazio
da estante
inventando sítios para tantos panos,
tuas roupas dobradas fora do quarto:
aloquei cada camisa
como quem se procura
em teu corpo,
solucei - uma a uma -
antecipando a despedida,
aguando teu perfume,
supondo teu ímpeto em desfazer
tentativas.
busquei nos vãos da madeira
as brechas de vida
que refaço: dois dias,
vinte noites, mil e duzentas semanas
espreitando as batidas da porta.
como sufocar tuas veias
para implorar piedade:
aguardar seis horas,
atravessar a sala,
esquentar o café outra
vez.
da estante
inventando sítios para tantos panos,
tuas roupas dobradas fora do quarto:
aloquei cada camisa
como quem se procura
em teu corpo,
solucei - uma a uma -
antecipando a despedida,
aguando teu perfume,
supondo teu ímpeto em desfazer
tentativas.
busquei nos vãos da madeira
as brechas de vida
que refaço: dois dias,
vinte noites, mil e duzentas semanas
espreitando as batidas da porta.
como sufocar tuas veias
para implorar piedade:
aguardar seis horas,
atravessar a sala,
esquentar o café outra
vez.
Assinar:
Postagens (Atom)