19 de jun. de 2012

é de música a tua ausência

dezembro de 2010:

a gente sempre dançava abraçados no meu apartamento
e jurávamos um bocado de belezas para a vida
(ainda juramos toda vez)

até que o otávio partiu:

almofadas sujas, livros empoeirados, aquele cedê gravado de canções que guardei com um carinho bonito, como é o bonito o sorriso que fecha os olhos para depois ouvir caetano com a intensidade do abraço. era o que tinha ficado. observei aquelas caixas que sempre nos abraçavam enquanto cantávamos que alguma coisa acontece no meu coração e nos jurávamos cruzar avenidas entre aquelas promessas de eternidade que nunca precisamos cumprir - a verdade é que sempre precisamos de tão pouco, fomos nós mesmos com tão pouco, que dessas amizades até se diz que são inteiras, que são plenas como os poemas que os minutos recitam para amaciar essa distância que é tempo, mapa, escolha: uma força semelhante àquela que a gente acreditou que tinha - e tínhamos - entoando músicas do chico entre tantas aspirações e aqueles sonhos que só comparte quem aprendeu a dançar de olhos fechados


(há quase setecentos dias escuto aquelas caixas
agraciando as  horas.
alimento de que me permito viver,
momento por momento,
indefinidamente)


sonho
e é de música a tua ausência.

5 comentários:

Fred Caju disse...

NUESTRA HISTÓRIA COMPARTIDA

Nuestra história compartida
tiene que ver con la suerte,
con el diablo, con la muerte
con la lucha y con la vida
somos la rosa encendida
de pétalos en unión
arbol de gruesco troncón
que a más de un buitre incomoda
Latinoamérica toda
¡es un solo corázon!


Guillermo Velázquez


Achei a sua cara.

Fred Caju disse...

NUESTRA HISTÓRIA COMPARTIDA

Nuestra história compartida
tiene que ver con la suerte,
con el diablo, con la muerte
con la lucha y con la vida
somos la rosa encendida
de pétalos en unión
arbol de gruesco troncón
que a más de un buitre incomoda
Latinoamérica toda
¡es un solo corázon!


Guillermo Velázquez


Achei a sua cara.

Katarine Araújo. disse...

que coisa linda, tô encantanda ;) parabéns, moça! beijos

Rodrigo Isoppo disse...

os sonhos mais bonitos são aqueles não consumados, os que pra sempre serão sonhos.

Katarine Araújo. disse...

é exatamente isso, é de música tua ausência...e tua presença...